Mês: julho 2016

Sem poesia.

Sem poesia.

E o tempo está passando e eu não estou nada bem. Não vou nada bem. Há muito não estou bem, mas eu sempre busquei esconder isso. Atualmente, nem me esforço mais. Se você me encontrar na rua, verás um ser que perdeu o amor-próprio, que não tem a mínima vontade de se arrumar para sair de casa, abandonou a maquiagem, já não escolhe o que vestir, usa o que estiver limpo e não se importa mais se a calça combina com o casaco, com o tênis, etc. Estou numa fase de mudança, de desapego. Coloquei meus livros a venda, você tem noção o quão grave isso é? Ninguém sabe o processo de compra de cada um, a história de cada um, minhas anotações, minhas impressões, tudo ali… Vendi minha bicicleta, aquela retro que eu tanto custei a comprar. Foi quase um ano de busca e muitas parcelas… Engordei. Meus problemas com comida voltaram, de uma forma diferente, talvez pela idade, mas estão aqui, mais uma vez. A depressão veio novamente me visitar, choro por nada e tenho vontade de permanecer dormindo 24 horas por dia. Abandonei o curso de Letras, sai do meu emprego, sofri um abuso que me aterroriza t.o.d.o.s os dias, minha carreira vai de mal a pior, me odeio, acumulo problemas, e, claro, potencializo todos eles. Minha vida é começar mil coisas e não terminar nada. Não tenho foco. Tenho quase 30. Minha mente é um inferno e eu estou perdendo as esperanças… Meus problemas são idiotas, eu sei, mas são meus e eu desaprendi a ser forte. Dizem que você não deve revelar suas fraquezas. FODA-SE.